A
nossa qualidade de vida está ligada, de forma indireta, aos negócios
internacionais que movimentam o mercado global.
Portanto, as empresas têm buscado se relacionar com este cenário, se
integrando à possibilidades mais amplas de comércio e investindo em novas
áreas, promovendo assim, expansão do seu produto e o surgimento de mais
consumidores. Dessa forma, acontece a internacionalização das empresas.
Conforme Cavusgil (2010, p. 14)
“As empresas
buscam a internacionalização por uma série de motivos;... Um exemplo de motivo
estratégico, ou pró-ativo, consiste em aproveitar as oportunidades do mercado
estrangeiro ou adquirir novos conhecimentos.”
Nesse
âmbito comercial, as empresas precisam estar atentas ao desenvolvimento do
mercado estrangeiro e às formas de negociação internacionais em relação aos
seus investimentos. Cria-se então, a necessidade de estratégias de
internacionalização.
Cavusgil (2010) afirma que estratégia é a ação
de uma empresa, por meio de seus recursos, para se destacar na competitividade
e realizar as metas desejadas.
De
acordo com Kotabe e Helsen (2000) existem as seguintes estratégias de
internacionalização:
- Licenciamento: é uma transação contratual onde a empresa, também chamada de licenciadora, oferece alguns dos bens e direitos que sua instituição possui para a licenciada, a empresa estrangeira, em troca de royalties (compensações financeiras). Os valores pagos variam entre 0,8% a 15% de acordo com o faturamento. Nesse caso, não são exigidos da empresa muitos recursos e é possível a quebra das barreiras da importação. Viabilizando assim, maior uso dessa estratégia pelas pequenas empresas, que tendem a enfrentar a variação dos royalties. Um problema encontrado na utilização do licenciamento é o uso dos bens e direitos atribuídos, que podem não ser transmitidos de forma clara e competitiva e podem ocasionar na transformação de parceiros atuais em futuros concorrentes.
- Exportação é a introdução das empresas no mercado internacional
por intermédio da venda dos seus produtos no mercado estrangeiro. Temos
diferentes tipos de exportação:
- cooperativa: colaboração com uma empresa local ou estrangeira.
- direta: acontece quando a empresa possui um departamento especifico de exportação onde ha comunicação direta com um representante no mercado estrangeiro para desenvolver as exportações.
- Franchising: como o licenciamento, consiste em um acordo em que uma empresa (o franquiador) concede a outra empresa (a franquiada) o direito do conceito do negócio e da marca recebendo em troca, também, royalties. Dessa forma a empresa pode expandir sua marca no mercado global a um investimento mínimo. Há riscos, porém, limitados e os franquiadores tem grande preocupação com o controle das operações dos franquiados.
- Subsidiárias de propriedade total da matriz são empresas
multinacionais que entram em um território estrangeiro visando a administração
e o controle de todos os processos e tarefas internos para a aquisição de todo
o lucro da empresa. Esta entrada no mercado internacional pode ocorrer ao
iniciar uma nova empresa no exterior ou através da compra de uma empresa ja
existente no mercado-alvo.
- Alianças Estratégicas: Uma característica distinta usada hoje pelas corporações globais são os relacionamentos cooperativos. Então, denominamos como aliança: quando a fusão de uma ou mais organizações são usadas para atingir metas significativas que sejam mutuamente benéficas. Essas fusões também dependem da troca de experiências entre os parceiros, promovendo o aprendizado e desenvolvimento de novas tecnologias e produtos. As empresas formam essas alianças para obterem defesa, conquista, permanência ou reestruturação.
- ·
Joint Ventures: considerada
uma maneira apropriada de expansão de
empresas e entrada no mercado
estrangeiro. Acontece quando uma empresa no exterior concorda em compartilhar
capital e recursos com a empresa nacional para poderem abrir uma nova entidade
no país alvo. Através dessa estratégia obtêm-se a participação no lucro e maior controle sobre
as operações porém, pode haver inconfiabilidade e conflitos entre as partes
envolvidas.
- ·
Contrato de Produção: negociação entre duas empresas, sendo que
uma delas fica responsável pela produção de partes ou do produto inteiro. Esse
tipo de contrato apresenta um problema semelhante ao do licenciamento, a ameaça
de surgir um novo concorrente, porém, permite o acesso a mercados que estariam
restritos em outros casos e promove a redução de custos.
De acordo com
Cavusgil (2010, p. 233) a empresa deve
desenvolver flexibilidade mundial para administrar riscos e oportunidades
específicos de cada país. A empresa
deve, também, relacionar sua atuação no mercado com os "riscos e oportunidades"
que os concorrentes oferecem. Para o SEBRAE uma empresa precisa possuir um diferencial competitivo
para ter a sua própria identidade, ou seja, os atributos ou as vantagens que
essa empresa disponibiliza, para atender alguma necessidade dos clientes e
consequentemente se tornar única e superior aos seus concorrentes.
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